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Rondonópolis
, 3 julho 2024
 
 

EDITORIAL: Mais um imbróglio na Saúde

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(Foto – Arquivo)

Se não bastasse os problemas que evidenciam a falta de planejamento e prioridades, a gestão da saúde pública municipal está envolvido em mais um imbróglio.

Agora, com o Conselho Regional de Odontologia (CRO) e com situações de más condições de trabalho para o atendimento da população e de supostos casos de assédio moral.

Como mostrou o A TRIBUNA na edição de ontem, a atual superintendente de Saúde Bucal da Secretaria Municipal de Saúde, Neuzeli Fuza, está no centro de uma nova controvérsia, com acusações de assédio levadas ao CRO por cirurgiões dentistas da rede.

Neuzeli assumiu a Superintendência da Saúde Bucal após deixar a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (Setrat) em outubro de 2023, em meio a conflitos com vereadores e, também, por denúncias de assédio em outras pastas por onde passou.

A polêmica começou a partir de reclamações de pais de crianças que não estavam conseguindo atendimento para os seus filhos com a cirurgiã dentista Paula Nunes das Neves, especialista em odontopediatria, no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) da Vila Mamed.

Paula, que realizava os atendimentos de alta complexidade, justificou que ela teria sido demitida por Neuzeli no último dia 11, após retornar de uma licença médica de 14 dias por conta de uma fratura. A justificativa dada pela gestora a ela, segundo disse, teria sido “contenções de gastos” na pasta.

No entanto, a cirurgiã dentista ressalta que o real motivo de sua exoneração seria “questões divergentes” com Neuzeli. E ainda reiterou que há casos de assédio moral praticado não só com ela, mas também com outros colegas, que temem expor suas opiniões divergentes para não sofrerem represálias.

A secretaria de Saúde diz que não tinha conhecimento das denúncias de assédio, mas prometeu investigar, além de manter os atendimentos necessários e buscar uma agenda com o CRO.

É o mínimo o que se espera. Realmente, toda esta situação precisa ser apurada de forma transparente e acompanhada de perto pela Câmara Municipal.

Afinal, a saúde pública não pode ter “cores partidárias”. Neste caso, não está claro o que seriam estas “opiniões divergentes” que os cirurgiões dentistas temem expor para não sofrerem represálias.

A população de Rondonópolis não pode pagar essa conta. Não pode procurar atendimento e não conseguir, pois o profissional foi exonerado por não “agradar” à Chefe.

Enfim, o rondonopolitano, principalmente quem mais precisa, merece uma saúde pública digna e de qualidade compatíveis com a capacidade econômica que o município tem. Não pode admitir situações onde os interesses individuais sobrepõem os coletivos.

 

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