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, 29 junho 2024
 
 

Evidências de que você é um líder ruim

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25/6/2024 – Nº 740 – Ano 18

Com frequência meus mentorados, ou gestores e executivos das organizações que atendo, bem como colegas empresários, me perguntam a mesma coisa sobre a liderança: como eu sei se sou um bom líder? A resposta a essa pergunta é complexa, mas não é difícil de encontrar boas pistas.

Alguém poderia dizer que a resposta são os resultados organizacionais, mas não é tão simples assim. Por isso, talvez a pergunta correta não seja essa e sim outra: quais são as evidências de que eu sou um líder ruim? Dessa forma é mais fácil combater as minhas práticas que atrapalham o meu papel de líder. Dada a minha experiência, listei sete evidências óbvias.

1. Você não consegue tirar férias. A primeira é para mim a mais importante. Experimente sair ao menos 10 dias. Se tudo continuar funcionando, é bom sinal, mas se você sequer consegue dobrar a esquina e seu celular já está chamando ou cheio de mensagens dos seus liderados observe melhor suas práticas. Pode ser sinal de várias anomalias, desde equipe imatura, centralização das decisões, falta de gestores substitutos, falta de processos e até indefinição de cargos e funções.

2. Todos querem falar com você. Todo líder, mesmo que seja o dono, deve estar ciente de que ele não precisa ser o centro de tudo, a referência máxima, que tem todas as respostas ou que entende, por estar no nível estratégico, no andar de cima da organização, que em tese enxerga mais longe, é o grande arcabouço da criatividade e das soluções mágicas. Gestão top down é coisa do passado.

3. Poucos liderados trazem novas ideias ou apresentam problemas. De outro lado, líderes que possuem baixa escuta ativa ou apresentam dificuldade em receber críticas ou analisar sugestões com isenção ou sem passionalidade inibem que os liderados os procurem. Essa situação normalmente acontece quando você tem o hábito de “matar o mensageiro”.

4. Quando a equipe se reúne, somente falam sobre a empresa e o trabalho. Isso é sinal de que você provavelmente também faz isso, estabeleceu essa cultura e de quebra diria que possui pouca proximidade emocional com o seu time, além de não abrir guarida da sua vida pessoal, seus gostos, suas satisfações, seus desejos e ambições.

É importante você se lembrar que as pessoas se conectam pelas emoções e não pelo trabalho em si, então trocar ideias e vivências fora do mundo do trabalho fará com que haja mais engajamento e compromisso entre todos. Estimule isso e verá a diferença.

5. Poucos sorrisos e poucos abraços. A sua empresa não precisa ser uma festa todo dia, mas quando abraços, apertos de mão, humor e sorrisos são algo raro é bom você observar melhor seu modus operandi. Provavelmente você não consegue transmitir segurança emocional o suficiente para que se sintam à vontade no grupo em que atuam, permitindo que se divirtam.

6. Existe harmonia excessiva e apenas alguns opinam. Já escrevi aqui sobre o fato de que a harmonia em excesso é um mau sinal para a inovação e o crescimento. Mas além disso, quando não existe discussão franca e ampla ou apenas alguns, normalmente os de sempre, tomam para si a discussão e o rumo das proposições existe uma forte tendência da sua organização morrer por inanição. É sinal de que sua liderança estimula comportamentos individualistas.

7. Resserviço Frequente. Esse é um dos sinais mais evidentes de que a liderança não possui clareza sobre quais atividades são importantes em cada função e não acompanha ou não possui mecanismos para acompanhar os níveis tático e operacional. Lembre-se que é fundamental manter a corda esticada, ter clareza nas funções e respectivas atividades, bem como nos indicadores que os líderes devem checar diária, semanal e mensalmente.

Se essa é a realidade da sua vida como gestor é melhor buscar ajuda, mas, se nenhuma dessas sete situações acontece com frequência, é bem provável que você seja um bom líder, capaz de emprestar uma visão clara de futuro à equipe, promover o engajamento entre os colaboradores e tornar a organização um ambiente competitivo, mas saudável de trabalho.
Até a próxima.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É empreendedor, Diretor da GoJob Brasil, business advisor, mentor, Talent Hunter, articulista e palestrante –[email protected] – www.linkedin.com/in/elerihamer – Originalmente publicado no Jornal A Tribuna – www.atribunamt.com.br

 

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