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, 1 julho 2024
 
 

Lula admite que “houve uma falcatrua” no leilão do arroz estatal

O certame foi cancelado após indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras

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(Foto: Marcelo Camargo / Ag. Brasil)

O presidente Lula (PT) afirmou hoje, sexta-feira (21), que a anulação do leilão do arroz se deu porque houve uma “falcatrua numa empresa”.

O certame foi cancelado após matérias da imprensa, inclusive da Crusoé, revelarem indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras.

“Tomei a decisão de importar 1 milhão de toneladas. Depois tivemos anulação do leilão porque houve uma falcatrua numa empresa. O arroz tem que chegar na mesa do povo no mínimo a R$ 20 o pacote de cinco quilos. Não dá pra ser um preço exorbitante”, disse o petista em entrevista à Rádio Meio FM, de Teresina, no Piauí.

O cancelamento do leilão de arroz foi anunciado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no último dia 11, mesma data em que o próprio Fávaro anunciou a saída do então o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, do governo.

Um ex-assessor de Geller, que também é sócio do filho dele em uma empresa, foi um dos negociadores do leilão.

Entidades agrícolas e membros da oposição apontaram um suposto favorecimento da corretora do ex-funcionário de Neri Geller na concorrência. O governo anunciou a compra de arroz logo após o início das enchentes no Rio Grande do Sul.

O estado gaúcho é responsável por 70% da produção nacional do grão, mas já havia colhido 80% do cereal antes das inundações.

A ideia do governo é de que o arroz seja vendido em pacotes de 5 quilos por um preço tabelado de R$ 20 e com o rótulo do governo.

As suspeitas sobre o leilão de arroz

Como mostrou a revista Crusoé, no leilão realizado no dia 6 deste mês, para a compra de 263,3 mil toneladas de arroz, o governo federal aceitou que um pequeno supermercado, na região central de Macapá, fosse responsável por negociar mais da metade do valor negociado.

A Wisley A. de Sousa LTDA, nome empresarial do supermercado “Queijo Minas”, ficaria sob a responsabilidade de entregar 147,3 mil toneladas do grão, em uma transação superior a 736 milhões de reais.

A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar o caso. Nesta semana, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo está desenhando um novo edital para realização da compra.

“Vai ter leilão. É um compromisso do presidente Lula que a Conab cumpra o seu papel de ter estoques mínimos para poder atuar, combater especulação”, afirmou o ministro.

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